Sei que a gente não envelhece de repente. A cada hora, a cada minuto, a cada segundo estamos envelhecendo. Mas toda vez que chega o meu aniversário penso que estou ficando cada vez mais velha. Não gosto do meu aniversário. Dias desses estava arrumando umas coisas aqui em casa e encontrei fotos do início da faculdade, do colegial. Aí vejo como envelheci, como mudei. O que me incomoda, no entanto, e não é frescura, é a queda do meu desempenho corporal, se é assim que posso dizer. Acho que meu rendimento no circo caiu muito. Quando eu tinha 18 anos as coisas evoluíam mais depressa. Agora, para eu aprender um truque, passo meses treinando, fora os alongamentos. Tenho que me aquecer muito mais para fazer as coisas que eu fazia. Pois é. Aí é que eu sinto que o corpo não é mais o mesmo. Talvez, a mente também não seja. Não quero parecer aquelas pessoas que acreditam que antigamente as coisas eram melhores, mas sob este ponto de vista, as coisas eram mesmo. Segundo a minha professora de contorcionismo, ela diz que o baque final se dá quando se faz 30 anos, aí ela diz que o corpo já não obedece mesmo.
Enfim... voltando às fotos que eu encontrei na minha arrumação... lembrei da época de faculdade e me dá uma saudade!!! Apesar das crises de identidade, de carreira e tudo mais tive muitos momentos bons. Ótimos. Tem algumas cenas em particular que eu não consigo esquecer. Lembro que uma época eu e uns amigos nos empenhamos em treinar natação durante o almoço. Saíamos correndo pra pegar o circular (pois na época ninguém tinha carro, diferente dos bixos de hoje que já entram motorizados) e íamos treinar. Era ótimo quando estava quente, mas já enfrentamos treinos no inverno também. Lembro que uma vez a água estava tão gelda que não tinha ninguém nas piscinas fora o pessoal da FAU e o treinador que passava os exercícios segurando um guarda-chuva. Nesse dia, entramos e saímos da água, pois estava tão frio que ficamos com dor de cabeça e dor de ouvido. Mas no verão... no verão... prolongávamos os treinos e ficávamos papeando e tomando sol. Duro mesmo era para as meninas, pois ficávamos com uma marca branca na barriga por causa do maiô. Chegávamos tarde nas aulas de planejmento e depois fazíamos um happy hour. Às vezes, voltávamos pra o Cepê. A sensação depois dos treinos é inexplicável. Um bem-estar, um cansço... melhor ainda quando estávamos acompanhados de pessoas que gostamos. Que saudade da turminha...
02 novembro, 2005
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário